Metalhead e a decadência de Black Mirror
Metalhead e a decadência de Black Mirror:
É bem verdade que desde a 3° temporada quando Black Mirror começou a ser produzida pela Netflix, a qualidade decaiu e muito, mas o que vemos nesse 5° episódio da 4° temporada – intitulado de Metalhead, é quase insulto aos fãs da série e uma amostra pra lá de explicita que Charlie Brooker se esgotou em ideias e realmente não tem condições de continuar escrevendo 6 episódios por ano.
Nos seus primeiros 7 e excelentes episódios da série (produzidos dentre 4 anos), ainda na época de Channel 4, Black Mirror nos acostumou a apresentar episódios densos, com não só boas histórias, mas também com sub-textos muito fortes, seja com críticas sociais ou até mesmo com previsões pessimistas sobre o futuro da tecnologia e humanidade.
Essa faceta da série em criar debates e visões sobre os malhes da humanidade, que fazia a série ter uma áurea especial e ter ganhado um espaço especial no coração de qualquer seriador.
Porém, desde que a Netflix comprou os direitos da série e começou produzir Black Mirror, a série perdeu a sua essência e não só isso, em todos os episódios da 3° e em Metalhead (único visto desta temporada por mim até o momento), Charlie Brooker entrou numa fase onde está mais preocupado em chocar o telespectador do que realmente tentar contar boas histórias.
Charlie Brooker precisa de um descanso urgente.
Em Metalhead, acompanhamos Bella (Maxine Peake) a procura de suprimentos em uma terra devastada, eles encontram um inimigo implacável. Agora, fugir é a única saída.
Premissa simples, porém, execução risível. Metalhead é o típico episódio vazio, não há sub-texto algum, não traz emoção necessário que a premissa exige, não traz nada de novo a série além de uma fotografia (belíssima, por sinal) preto e branco.
É basicamente por isso que este episódio poderá ser lembrado um dia, como o episódio em preto e branco de Black Mirror, e/ou também pelo episódio em que marcou a decadência de uma das melhores séries da década.
É muito triste ver que Charlie Brooker, que há poucos anos flertava como um dos melhores roteiristas da TV, se tornou isto, um qualquer. É muito triste ver que uma das séries mais promissoras da década, se tornou isto, óbvia, explícita e rasa, sendo assim, perdendo sua magia. Que venha dias melhores.
Black Mirror pode ser encontra completa na Netflix.
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