CRÍTICA: X-MEN – FÊNIX NEGRA

Mais um filme – e último – da franquia X-MEN pelos estúdios 20th Century FOX. Depois da primeira trilogia que emergiu toda aura dos audiovisuais, de qual parte conhecemos, veio uma espécie de ‘reboot’ com o excelente X-MEN: First Class; e com outros títulos posteriores (uns bons, outros ruins), chegou-se um novo capítulo.

X-MEN: Fênix Negra conta uma história clássica dos quadrinhos, que é considerado o ‘canto dos cisnes’ da Marvel Comics. Conta sobre a Jean Grey que desenvolveu incríveis poderes em um episódio catastrófico, e a equipe X-MEN precisam decidir se a vida de um membro oficial vale mais do que todas as pessoas do mundo.

[ É bom esclarecer que a produção deste filme foi um tanto conturbado. Com a fusão anunciada entre a Disney e a FOX, o filme precisou ser refilmado diversas vezes – principalmente o terceiro ato, por ter similaridades com o filme Capitã Marvel. ]

Não é, de fato, uma ‘bomba’ que está sendo anunciada a quatro ventos pelos influenciadores da internet. Contudo, há diversos problemas na qual o filme não consegue esconder, e faz escolhas questionáveis – principalmente no segundo ato em adiante. Vamos intensificar o lado positivo, que é menor ao que tem o lado negativo. Pelo menos, é um filme que tem o seu mérito. Um pouco, mas tem.

A direção é de Simon Kinberg, que também assina o roteiro. O interessante é que a premissa de Fênix Negra já foi retratada em X-MEN 3 – O Confronto Final, e aqui ele tentará – novamente – pela segunda vez fazer uma versão que possa redimir a personagem mais importante de X-MEN. Mas foi desperdiçada, de maneira tão simplória e nefasta. Mais uma vez!

O primeiro ato – um dos melhores momentos do filme – consiste em detalhar todo panorâmico em um resgate, que é alinhado entre a equipe comandado pelo Professor Xavier e pelo governo americano, em 1992. É interessante buscar este contraste de omissões com as dos interesses contratuais, uma vez que os mutantes nunca tiveram tanta relevância diante da sociedade, como sugere agora.  As cenas são interessantes, com diálogos evasivos e com uma premissa narrativa que possam sair da mesmice. Mas como há de conferir, pareceu ser diferente. E aos poucos, esta mesmice volta a saltar diante de nossos olhos.

Os problemas, evidentemente, estão no roteiro, que foi sendo remontado, e descaracterizado em seu material-fonte – isto é, as HQ’s. De maneira simplória e arrastada, os personagens sofrem com as incongruências narrativas, que parecem pouco se importarem com a própria essência dos mutantes. De modo questionável, Evan Peters, como Mercúrio, some do filme depois de vinte minutos iniciais – não sei dizer se foi por força de contrato ou pela falta de elementos cruciais no roteiro. A atriz Jennifer Lawrence, como Mística, continua com bocas e suas facetas inexpressivas. James McAvoy, como Charles Xavier, continua exibindo suas melhores atuações: seu jeito impassivo, racional e bem instruído – como deve ser o personagem. E os restantes do elenco fazem o básico do básico. Nada além de excepcional.

A decisão – enfadonha – em não transformar a Jean Grey em uma vilã, deu-se por uma leve discrepância histórica por se tratar de uma personagem importante e central da saga X-MEN. E isto foi um erro primordial, deixando a trama rasa e superficial. E a liberdade criativa concedeu por outra vilã – alienígena – que quer possuir o poder da Jean . Mas com qual a finalidade? O filme te responde por meio de clichês e resenha vazia de argumentos. E estamos cansados disto, ainda se tratando de X-MEN. Perdeu a oportunidade de trazer o protagonismo da Jean Grey em uma grande antagonista, exercendo dualidades e facetas nunca antes confrontadas.

O terceiro ato – tirando a uma boa cena de ação dentro de um trem – é um retalho cheio de conveniência, com mudanças bruscas e fora de realidade. Não há impacto, apenas resoluções genéricas… E, no fim, ainda insistem no “E se” que não se realizará. Ainda bem.

X-MEN: Fênix Negra é um desperdício de talentos, munidos de uma falta de clareza narrativa com um protagonismo esvaziado de maneira simplória.

X-MEN: Fênix Negra está em cartaz nos cinemas.

 

 

 

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