CRÍTICA: O POÇO (EL HOYO)

Uma mistura de suspense, crítica social e ficção científica!

 

O filme se passa em uma prisão vertical com duas pessoas em cada cela, uma cela por andar, onde os prisioneiros podem ver quem está acima e abaixo deles. A comida é distribuída, de cima para baixo – através de uma plataforma flutuante, que passa diariamente. Quem está na parte de cima, come melhor e quem está abaixo, come as sobras das celas superiores.

O personagem principal é Goreng (Ivan Massagué) que acorda na prisão ao lado do companheiro de cela Trimagasi (Zorion Eguileor). A prisão é dividida por níveis (não vou enumerar para não dar spoiler) e a cada mês os prisioneiros são trocados, aleatoriamente.

Os administradores da prisão enviam um grande banquete por dia aos prisioneiros, contendo o prato favorito de cada detento. No primeiro nível, a comida está impecável e no 5º, um pouco bagunçada. No 50º, se encontram apenas ossos e farelos. No 100º, nem restos são encontrados na plataforma.

Prisioneiros que já estiveram em níveis muito baixos – quando transferidos para níveis altos – não se preocupam com os abaixo deles.

O Poço é uma bela “crítica social foda!”:

  • Como o sistema nos alimenta?
  • Nós repassamos alimentos aos que estão abaixo de nós?
  • E estes, repassam aos que estão abaixo deles?

…No final somos todos prisioneiros! Prisioneiros de um sistema capitalista, onde a sobrevivência individual é a prioridade, nos fazendo esquecer do próximo.

A moral do filme é simples: “A solidariedade falta no ser humano”

Assista esse lançamento da Netflix e faça um comparativo com a atual situação no Brasil – pois estamos em quarentena, devido à pandemia do covid-19 (conhecido como Coronavirus):

  • Você encontra álcool em gel para comprar?
  • Quem comprou caixas e estocou, vai precisar de tudo?
  • Você alimentou alguém abaixo de você hoje?        

O Poço (El Hoyo) está em cartaz na Netflix.

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