Crítica: Bel Air – Remake de Um Maluco no Pedaço

A série Bel Air, “Remake” de Um Maluco no Pedaço, foi odiada pela crítica especializada,  porém, como não sou especialista de p**** nenhuma, posso dar minha opinião pessoal, privada e sincera sobre a nova série disponível em terras tupiniquins.

 

 

Quem diria que uma “Fake News” se tornaria realidade?
O que começou como um “Movie fã trailer” muito bem produzido pelo Cineasta Morgan Cooper,
que teve um hype tão grande que o proprio Will Smith comprou a idéia e produziu uma série, ao invés de um filme.

Essa nova versão dramática, traz como foco principal temas como racismo, sexualidade, a luta da mulher contra a sexualização na internet, direitos civis e questões sociais, dando grande ênfase ao empoderamento feminino.

O drama familiar que vi em Bel Air, me fez relembrar o motivo que me fez gostar de The O.C, o gostoso clima de um “estranho no paraíso“, o cara pobre se destacando entre os ricos, mostrando que ele cabe onde ele quiser, sem o papo de “se encaixar”.

 

Com a chegada de Will na mansão de tia Vivian e tio Phil, após vermos no primeiro episódio, o que vou carinhosamente chamar de “a versão longa da emblemática cena de abertura do sitcom noventista“, onde (não, não vou dar muitos detalhes aqui, assista) Will se envolve em uma briga com um criminoso em sua “área” (na Philadelphia), e após ver que seu filho corre risco de vida, sua mãe pede ajuda à irmã Vivian, casada com Philip Banks (o tio Phil), que nessa versão está bem enxuto.

Os grandes problemas na série são a nova versão do Carlton e todo o foco dado à questão política que envolve o tio Phil e sua campanha para ser promotor público de L.A.

Se perde muito tempo de tela com o personagem de Carlton Banks e seus problemas de pobre garoto rico.

Carlton segue uma linha de playboy mimado, que tem tudo o que quer e todo um “habitat” favorável à ele.
Porém se vê ameaçado com a repentina chegada de seu primo.

Hilary nessa versão é uma influencer digital que fala sobre culinária, está em ascensão, não é mimada e fútil como na série antiga, porém não vou me alongar nesse núcleo pois é um dos únicos que tem uma boa construção.

A prima mais nova, Ashley, está passando por um momento onde não compreende ainda seus sentimentos, enquanto tem um afair por sua melhor amiga, se vê confusa.

Tia Viv é uma artista que abandonou seu sonho para se dedicar à família, a supressão da sua carreira pela carreira e metas de Philip, fazem parte de um núcleo bem interessante.


Geoffrey, aqui não é “apenas” o mordomo, apesar de não ser um personagem muito bem construído, é interessante vê-lo como um “faz tudo” com ar de espião britânico/ agente secreto.

Uma grata surpresa é ver a nova versão do Jazz, que aqui não é, ainda, o melhor amigo do Will, mas veremos uma construção de elo bacana entre os dois.

A série não é muito densa, mas se perde um pouco no drama excessivo.

Os pontos fortes de Bel Air são a boa atuação do ator Jabari Banks que faz o personagem principal, Will Smith; a trilha sonora (que é fantástica!) e as gratas referências à série dos anos 90.

Algumas referências e participações são bem fáceis de captar, há outras mais difíceis se você não se aprofundou na sitcom 90’s, então vou dar uma boa dica pra te ajudar a perceber essa (não é spoiler pois não envolve a trama), um dos quadros que tia Viv pintou, faz referência/ homenagem a James Avery (ator que interpretou o tio Phill nos anos 90, falecido em 2013).

O maior ponto fraco (na minha singela opinião), é a falta de momentos engraçados, as tiradas cômicas do personagem principal, a eloquência, vivência e a malemolência de quem “se virava” em West Philadelphia.

Bel Air está disponível no streaming Star+ com 10 episódios.

Minha dica é, assista, sabendo que Bel Air é uma referência, produzida por Will Smith, que vivenciou de dentro a série 90’s, mas não espere ver comédia, espere ver questões sociais importantes sendo debatidas, de forma moderna e simples.

 

OS MEMBROS DO CLUBE DOS RABUGENTOS SÃO MUITO FELIZES!

O site Nerd Rabugento é independente e não depende de patrocinadores para existir. E para que o Nerd Rabugento continue INDEPENDENTE, TORNE-SE MEMBRO DO CLUBE DOS RABUGENTOS!

O Nerd Rabugento não dá dica ruim e você confia nessa afirmação. Torne-se Membro do Clube, tem um valor que cabe no seu orçamento. E tem um monte de vantagens que nenhum outro Clube oferece. Mas se você não quiser se tornar membro e ainda assim quer contribuir, clique no segundo link. A sua contribuição ajuda demais o canal a se manter.

QUERO SER MEMBRO ➜     QUERO CONTRIBUIR ➜